Vitamina K2: corações e ossos protegidos?

A vitamina K faz parte de uma família de compostos lipossolúveis que engloba três diferentes formas de vitamina K: K1-filoquinona, K2-menaquinonas e K3-menadiona.

A principal fonte de vitamina K na dieta provém de vegetais folhosos verde-escuros, de óleos vegetais, frutas e grãos e está presente no formato de vitamina K1. A menaquinona ou vitamina K2, por sua vez, é encontrada em alimentos de origem animal e que contêm gorduras, como carnes, ovos e queijos, bem como na soja fermentada, além de ser produzida a partir da atividade da microbiota intestinal de humanos e animais.

De acordo com a literatura, alguns fatores atrapalham a absorção da vitamina K no jejuno e no íleo, tais como lesões intestinais, ingestão alimentar insuficiente, deficiência de vitamina D, doença renal crônica, envelhecimento, consumo de antibióticos, entre outros. Ainda nesse contexto, de acordo com o Estudo Brasileiro de Osteoporose, em torno de 81% dos brasileiros apresentam ingestão de vitamina K inferior aos valores recomendados de AI (ingestão adequada), 90ug/dia para mulheres e 120ug/dia para homens (Dietary reference intakes for vitamin K, IOM, 2001).

A deficiência de vitamina K pode favorecer o desenvolvimento de problemas associados à mineralização da cartilagem, aumento de fraturas ósseas, problemas de coagulação e doenças cardiovasculares. Estudos têm apontado, especificamente, para a ação da menaquinona na prevenção da calcificação arterial e na mortalidade por doença arterial coronariana. Em estudo duplo-cego, placebo-controle (KNAPEN et al., 2015), os autores avaliaram se a suplementação com menaquinona-7 (MK-7) teria o potencial de reduzir a rigidez arterial e alterar propriedades elásticas da artéria carótida de mulheres (n=244) pós-menopausadas e saudáveis. Após 3 anos de suplementação com vitamina K2 (180 µg/dia) ou placebo, foi observado que parâmetros de rigidez arterial foram impactados positivamente no grupo suplementado com MK-7; além disso, mulheres que apresentavam endurecimento local da artéria carótida revelaram bons resultados quanto à elasticidade dessa estrutura.

Desfechos positivos também foram associados à suplementação de K2 como agente protetor ósseo e antiosteoporótico, sobretudo, em mulheres pós-menopausadas. De acordo com Yamaguchi e Weitzmann (2011), a vitamina K2 possui a capacidade pró-anabólica, uma vez que promove a formação óssea, ao mesmo tempo em que atua como anticatabólica, pois suprime a reabsorção dos ossos; tal habilidade ocorre graças à ação antagonista de K2 na ativação de NF-kB.

A fim de promover a saúde cardiovascular e osteoarticular, a Vitamina K2 da Naiak oferece 100% dos valores diários de menaquinona, micronutriente que atua no metabolismo ósseo e como agente da coagulação. Como parte dos cuidados com ossos e articulações, a Vitamina D 2000 em cápsulas estimula a absorção de minerais como cálcio e fósforo, além de modular a via da glicose e fortalecer o sistema imune.

REFERÊNCIAS

KNAPEN, M.H.J. et al. Menaquinone-7 supplementation improves arterial stiffness in healthy postmenopausal women. Thrombosis and Haemostasis, v. 113, n. 05, p. 1135-44, 2015.

IOM – Institute of Medicine. Dietary reference intakes for vitamin K. Food and nutrition board. Nat Acad Press, 162-96, 2001.

PINHEIRO, M.M. et al. Nutrient intakes related to osteoporotic fractures in men and women – the Brazilian osteoporosis study (BRAZOS). Nutrition journal, v. 8, n. 1, 2009.

SANTOS, E.A. Relação entre ingestão de vitamina K, gordura corporal, perfil lipídico e homeostase da glicose em adultos e idosos. 2018. 15 fls. Dissertação (Pós-Graduação em Nutrição em Saúde Pública) – Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2018.

YAMAGUCHI, M.; WEITZMANN, M.N. Vitamin K2 stimulates osteoblastogenesis and suppresses osteoclastogenesis by suppressing NF-κB activation. International Journal of Molecular Medicine, v. 27, n. 1, p. 3-14, jan. 2011.

Sol, vitamina D e prevenção de doenças

Hormônio em evidência na atualidade, a vitamina D ou calcitriol contribui para a absorção do cálcio, atua no metabolismo ósseo, além de interagir com o sistema imune e outros órgãos como cérebro, coração e rins.

Disponível em duas formas diferentes, a vitamina D2 ou ergocalciferol pode ser obtida de fontes alimentares ou mediante a suplementação; já a vitamina D3 ou colecalciferol é sintetizada por meio da exposição aos raios solares, além de estar presente em alimentos contendo óleo de peixe, fortificados com a vitamina ou em suplementos orais. Embora importante ao organismo, a deficiência de vitamina D tem alcançado cada vez mais pessoas devido a fatores como baixo consumo de alimentos-fonte, uso de medicamentos que interferem em sua absorção, o envelhecimento, a menor exposição solar e o uso de bloqueadores solares.

Contrariamente ao senso comum, tomar Sol é importante para o desenvolvimento e a saúde do organismo. É através de seus raios que a síntese de vitamina D se torna possível, bem como a absorção e fixação do cálcio e a manutenção da tonicidade muscular. Cerca de 90% da vitamina D adquirida pelo corpo é obtida do Sol e os 10% restantes da alimentação. Os suplementos, por sua vez, são indicados aos indivíduos cujas quantidades séricas encontram-se abaixo dos 20ng/mL, condição classificada como hipovitaminose D. A deficiência de vitamina D pode predispor o organismo a uma série de doenças como osteoporose, osteomalácia, artrite reumatoide e doenças de caráter autoimune.

Em estudo de revisão, Kratz et al. (2018) apontaram que a maioria dos estudos encontrou relações entre a deficiência de vitamina D e doenças crônicas como lúpus e problemas cardiovasculares, além dela atuar na modulação de células do sistema imune e de respostas metabólicas. Foram observadas, ainda, altas taxas de cânceres em pacientes cujo nível de vitamina D estivesse abaixo do recomendado. Como medidas preventivas, os autores enfatizaram a necessidade da luz solar na produção desse hormônio, bem como da alimentação e da suplementação complementar como coadjuvante na prevenção de doenças crônicas.

Em dissertação de Câmara (2018), a autora observou que pacientes com nível insuficiente ou deficiente em vitamina D apresentaram maior propensão ao desenvolvimento de cânceres, doenças do trato urinário, do fígado e da bile, além de hipercolesterolemia e hipertrigliceridemia. Além disso, a pesquisa apontou que, nos países com elevada exposição solar anual, seus cidadãos apresentaram menor taxa de mortalidade por esclerose múltipla e câncer.

Assim, a vitamina D é um hormônio importante ao organismo e sua deficiência favorece o aumento de doenças crônicas e autoimunes. Medidas de prevenção, recomendadas por especialistas, incluem a exposição solar e cuidados com a alimentação, além da suplementação em casos específicos. CLIQUE AQUI e saiba mais sobre a Vitamina D da Naiak!

REFERÊNCIAS

ANDRADE, P.C.O. et al. Alimentação, fotoexposição e suplementação: influência nos níveis séricos de vitamina D. Rev Med Minas Gerais, v. 25, n. 3, p. 432-7. 2015.

CÂMARA, A.B. Estudo da associação entre a deficiência da vitamina D, doenças relacionadas e o estresse oxidativo celular. 2018. 81 fls. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) – Centro de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 2018.

KRATZ, D.B. et al. Deficiência de vitamina D (250H) e seu impacto na qualidade de vida: uma revisão de literatura. RBAC, v. 50, n. 2, p. 118-23. 2018.

 SANTOS, C.S.; HOBMEIR, A.K.T. Protetor solar: um aliado na prevenção de efeitos causados pelos raios nocivos do sol. Sobre Tudo, v. 8, n. 1. 2017.

Saúde do idoso com a nutrição personalizada.

A expectativa de vida no Brasil aumenta a cada ano de forma exponencial. Para ambos os sexos, a estimativa, que era menos de 50 anos em 1950, passou para 74,8 anos em 2013. Já em 2016, a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que homens chegavam a completar 71,9 anos e mulheres, 79,4 anos. Com esse cenário, é observado um crescimento significativo no desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis que comprometem a qualidade de vida desses idosos. A dieta e atividade física são fatores moduladores da saúde, sendo necessário destacar que diversos mecanismos biológicos são alterados pelo envelhecimento em si.

O hábito alimentar do idoso não é determinado somente por preferências ou mudanças fisiológicas, mas, também, por condições psicossociais. O processo normal do envelhecimento promove alguns comprometimentos nutricionais que podem interferir no funcionamento do organismo. Assim, uma alimentação planejada e equilibrada é fundamental, mas, muitas vezes, insuficiente para atender a todas as demandas funcionais desse público. Por isso, a suplementação de determinados nutrientes é de suma importância para equilibrar essas alterações.

O primeiro nutriente que merece destaque é a vitamina D. A ingestão inadequada dessa vitamina pode aumentar a perda óssea e potencializar o risco de osteoporose, classificada como uma epidemia silenciosa entre os idosos. Sua função no organismo se dá pelos efeitos no metabolismo do osso, em que ocorre o aumento dos níveis plasmáticos de cálcio e fósforo, essenciais para a mineralização e regulação da atividade dos osteoblastos e osteoclastos, bem como para uma direta participação na síntese da massa óssea e prevenção da osteoporose. Além disso, pesquisas apontam ampla distribuição desses efeitos em tecidos não esqueléticos, assim, aumentando o interesse nessa vitamina como modalidade terapêutica para a prevenção e o tratamento coadjuvante de doenças crônicas. A suplementação de vitamina D, em conjunto com a prática de exercício físico, promove redução significativa dos marcadores de inflamação, capazes de modular a função imunológica e inibir a ação de componentes presentes na cascata inflamatória, tais como as células apresentadoras de antígenos, IFN-gama, TNF-alfa e NF kappa B.

Sinergicamente, a vitamina K, em forma K2, é extremamente essencial para a fixação de cálcio nos ossos e, consequentemente, prevenir a osteoporose, sendo uma vitamina considerada ativadora da proteína osteocalcina, necessária para a absorção de cálcio na matriz óssea.

Por fim, destaca-se o ômega-3 como principal modulador anti-inflamatório na prevenção e no tratamento de doenças crônicas que comumente acometem os idosos. Uma revisão bibliográfica mostrou que, de um total de dezessete artigos pesquisados, dez indicaram que o uso de ômega-3, em concentrações adequadas de EPA e DHA, é importante para a melhoria de doenças relacionadas ao processo de envelhecimento, como ansiedade, depressão, dor crônica e alguns tipos de câncer, além de diminuição significativa do colesterol total, LDL, triglicérides e risco para doenças cardiovasculares.

 

REFERÊNCIAS

ADAMS, J.; PEPPING, J. Vitamin K in the treatment and prevention of osteoporosis and arterial calcification. Am J Health-Syst Pharm, v. 62, n. 1, aug. 2005.

KLACK, K.; CARVALHO, J. Vitamina K: Metabolismo, Fontes e Interação com o Anticoagulante Varfarina. Rev Bras Reumatol, v. 46, n.6, p. 398-406, nov./dez. 2006.

MOREIRA, E.; SILVEIRA, D. Efeitos da utilização do ômega-3 no processo de envelhecimento: uma revisão Revista Científica FacMais, v. 8, n. 1, p. 137-155, 2017.

PASCHOAL, V. et al. Suplementação Funcional Magistral: dos nutrientes aos Compostos Bioativos. São Paulo: VP, 2009.

POURSHAHIDI, L. K. Vitamin D and obesity: current perspectives and future directions. Proc Nutr Soc., London, v. 74, n. 2, p. 115-124, 2015.

SLUSHER, A. L.; MCALLISTER, M. J.; HUANG, C. J. A therapeutic role for vitamin D on obesity-associated inflammation and weight-loss intervention. Inflamm Res., Basel, v. 64, n. 8, p. 565-575, 2015.

VERMEER, C.; THEUWISSEN, E. Vitamin K, osteoporosis and degenerative diseases of ageing. Menopause International, v. 17, n. 1, p. 19-23, 2011.

VITOLO, M. Nutrição da gestação ao envelhecimento. 2. ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2015.