Conheça o óleo de pequi – o ouro do Cerrado brasileiro!

Segundo maior bioma do país, o Cerrado possui imenso potencial de frutos com propriedades nutricionais e que necessitam ser mais bem explorados. Um exemplo disso é o pequi (Caryocar brasiliense Camb.), fruto nativo da região com grande importância econômica, cultural e para a saúde.

O pequi é rico em proteínas, compostos bioativos e antioxidantes que auxiliam na produção de fármacos, no enriquecimento dos alimentos e no desenvolvimento de subprodutos como o azeite e o óleo. Esse último, uma vez extraído da polpa do pequi, pode ser utilizado tanto no preparo de pratos típicos quanto na medicina popular. Após a maceração da casca do pequi, ocorre a liberação de um pigmento utilizado no tingimento de produtos artesanais; as folhas podem ser usadas na alimentação de animais; e a polpa é aproveitada pela população local como estimulante do apetite e fortificante; finalmente, o óleo do pequi é empregado no preparo de pratos típicos e no combate a infecções, sobretudo, respiratórias e oftalmológicas, em razão da sua enorme concentração de carotenoides.

Os carotenoides presentes no pequi, como licopeno, caroteno, criptoflavina, e-criptoxantina, anteraxantina, zeaxantina, mutatoxantina, violanxantina, luteína e neoxantina, possuem elevada capacidade antioxidante e efeito pró-vitamina A. Dessa forma, estudos na literatura apontam para a suplementação com o óleo de pequi na prevenção dos danos oxidativos induzidos por radicais livres em indivíduos cuja defesa antioxidante apresenta defeitos genéticos, ou em atletas de alto rendimento, com o intuito de reduzir a inflamação e a pressão sanguínea induzidas pelo esforço físico.

Em trabalho de revisão de Matos et al. (2019), os autores avaliaram os efeitos do óleo de pequi oral ou tópico na cicatrização de feridas. Na composição do fruto, a presença de ácidos graxos, em sua maioria, o ácido oleico (50,2%) e o ácido palmítico (44,3%), por exemplo, exercem efeito imunomodulador; isso porque os ácidos graxos, de forma geral, fazem parte da composição das membranas celulares e, uma vez oxidados, geram energia e atuam como uma barreira protetora contra micro-organismos. No estudo, apontou-se que o óleo de pequi contribuiu para a redução dos dias de internação e do número de curativos realizados, além de ajudar no reparo tecidual e acelerar a cicatrização.

Em vista da importância cultural, econômica e para a saúde, a extração do óleo do pequi pode ser uma alternativa para reduzir custos, diminuir o estresse oxidativo e melhorar a qualidade de vida dos indivíduos. O Óleo de Pequi da Naiak é obtido a partir da polpa do pequi, com tecnologia que reduz odores característicos e mantém as propriedades nutricionais. Clique aqui para conhecê-lo! 

REFERÊNCIAS

Batista, F.O.; Sousa, R.S. Compostos bioativos em frutos pequi (Caryocar brasiliense camb.) e baru (Dipteryx alata vogel) e seus usos potenciais: uma revisão. Brazilian Journal of Development, v. 5, n. 7, p. 9259-70, jul. 2019.

Bezerra, N.K.M.S. et al. O óleo de pequi na cicatrização de feridas: uma visão interdisciplinar entre ambiente e saúde-revisão integrativa. Revista Interdisciplinar de Estudos em Saúde, v. 8, n. 1, p. 174-82, 2019.

Nascimento, L.M.D. Óleo de pequi: um nutracêutico com propriedades antioxidantes: uma revisão de literatura. 2019. 54 fls. Monografia (Graduação em Farmácia) – Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade de Brasília, Brasília, 2019.

Azeite de pequi: saúde que reflete no sabor e no organismo!

O pequi (Caryocar brasiliense, Camb.) é cultivado em todo o território que abrange o Cerrado brasileiro e também no Nordeste do país. De grande valor econômico e cultural, o pequi, consumido regularmente, contribui para a prevenção de doenças degenerativas em razão de seu elevado teor de antioxidantes, vitaminas C e E, carotenoides e polifenóis.

O consumo de pequi em preparações culinárias, bem como na forma de dermocosméticos e nutracêuticos, pode promover benefícios à saúde enfatizados pela ciência. Estudos apontam que o extrato etanólico do fruto possui conteúdo fenólico e atividade antioxidante que ocorrem através de moléculas bioativas. O óleo de pequi, por sua vez, tem sido associado à redução dos processos inflamatórios de doenças crônicas e autoimunes, como, por exemplo, o lúpus.

pequi

Vilela et al. (2009) avaliaram as propriedades anti-inflamatórias do óleo de pequi e de seus efeitos na lipemia pós-prandial e na pressão arterial de atletas masculinos e femininos. Os atletas foram avaliados antes e após uma corrida – realizada sob o mesmo ambiente e sob as mesmas condições de treino ‒, após ingerirem 400mg de cápsulas de óleo de pequi, ao longo de 14 dias. O consumo do óleo de pequi contribuiu para prevenir, não só a inflamação, mas, também, para reduzir o colesterol ruim (LDL), sobretudo, em atletas masculinos e com mais de 45 anos.

Alimentos elaborados a partir de subprodutos do fruto, como o azeite de pequi, também, têm chamado atenção em razão de seus benefícios à saúde. O azeite de pequi possui coloração vermelho-alaranjada devido à elevada quantidade de carotenoides, sobretudo, betacaroteno com ação pró-vitamina A. Muito tem-se explorado a respeito dos benefícios dos carotenoides na prevenção de doenças como câncer e do aparelho circulatório, uma vez que eles podem inibir a oxidação das moléculas de LDL colesterol, evitando sua deposição na parede de vasos e artérias. Quanto aos ácidos graxos, Facioli e Gonçalves (1998) demonstraram que o azeite de pequi se constitui, principalmente, pelos ácidos oleico (ômega-9) e palmítico (ácido graxo saturado), além de pequenas quantidades de ácido esteárico, linoleico, entre outros.

Extraído de forma artesanal, o azeite de pequi pode ser empregado em receitas culinárias, aumentando a densidade nutricional e incorporando mais sabor e aroma nas preparações. Em dissertação de Rodrigues (2011), a autora avaliou os efeitos da substituição do óleo de soja pelo azeite de pequi na formulação da maionese, produto largamente consumido no mundo todo. Os resultados revelaram que a maionese à base de azeite de pequi, de maneira geral, apresentou características compatíveis em relação àquelas presentes na receita à base de óleo de soja. Dessa forma, o uso do azeite de pequi na preparação contribuiu para melhorar a qualidade da receita e pode, ainda, estimular o consumo de betacaroteno na população. A autora ressalta também que, devido à composição de ácidos graxos relativamente simples do azeite de pequi, este pode ser um potencial ingrediente para substituir outros ácidos graxos de chocolates e frituras.

Em vista da qualidade nutricional e sensorial, o azeite de pequi pode melhorar o teor nutricional da dieta, estimular a produção sustentável do pequi no Cerrado brasileiro e conferir às preparações culinárias sabores e aromas diferenciados. O Azeite de Pequi da Naiak não contém conservantes e não passa pelo processo de refinamento, dessa forma, mantendo as propriedades desse poderoso fruto. CLIQUE AQUI e saiba mais!

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REFERÊNCIAS

FACIOLI, N.L.; GONÇALVES, L.A.G. Modificação por via enzimática da composição triglicerídica do óleo de pequi (Caryocar brasiliense, Camb.). Química Nova, v. 21, n. 1, p. 16-9, 1998.

LIMA, A. et al. Composição química e compostos bioativos presentes na polpa e na amêndoa do pequi (Caryocar brasiliense, Camb.). Revista Brasileira de Fruticultura, v. 29, n. 3, p. 695-8, dez. 2007.

MONTALVAO, T.M. et al. Anti-inflammatory Effect of Antioxidant Pequi (Caryocar brasiliense) Oil Capsules and Antioxidant Effect of Vitamin D and Physical Activity on Systemic Lupus Erythematosus Patients. Journal of Rheumatic Diseases and Treatment, v. 2, n. 1, p. 1-7, 2016.

RAMOS, K.M.C. e SOUZA, V.A.B. Características físicas e químico-nutricionais de frutos de pequizeiro (Caryocar coriaceum Wittm.) em populações naturais da região Meio-Norte do Brasil. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 33, n. 2, p. 500-8, 2011.

RODRIGUES, Mara Lina. Pequil oil: effect of heating to temperature of frying and use as ingredients in the formulation of mayonnaise. 2011. 94fls. Dissertação (Mestrado em Ciências Agrárias – Agronomia) – Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2011.

RODRIGUES, M. L. et al. Cinética da degradação de carotenoides e da alteração de cor do azeite de pequi submetido ao aquecimento em temperatura de fritura. Ciência Rural, v. 43, n. 8, p. 1509-15, ago. 2013.

RODRIGUES, Mara Lina. Avaliação das características físico-químicas e dos compostos bioativos do azeite de pequi sob diferentes condições de aquecimento. 2017. 144fls. Tese (Doutorado) – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, São Jose do Rio Preto – SP, 2017.

VILELA, A.L.M. et al. Pequi fruit (Caryocar brasiliense Camb.) pulp oil reduces exercise-induced inflammatory markers and blood pressure of male and female runners. Nutrition research, v. 29, n. 12, p. 850-8, 2009.