Curcumina: bioativo antitumoral da cúrcuma

A Curcuma longa L., também conhecida como açafrão-da-terra, é uma planta nativa da Ásia e tem no rizoma sua parte utilizável. Pode ser usada na área cosmética, têxtil, de alimentos e medicinal, atuando na prevenção e paliação de doenças.

Relatos na literatura associam o consumo da cúrcuma a benefícios relacionados às doenças biliares e hepáticas, à redução do colesterol, à melhora da cicatrização e a efeitos anti-inflamatórios, antitumorais e antiproliferativos a diversos tipos de tumores. Tais efeitos são possíveis graças à ação do principal composto bioativo da cúrcuma, a curcumina, responsável pela coloração característica do açafrão-da-terra.

A curcumina é um fitoquímico com imenso potencial anticancerígeno e que contribui na regulação de proteínas envolvidas em vias bioquímicas do câncer. Além de inibir a migração de células tumorais para outros tecidos, a curcumina também contribui para que células com potencial cancerígeno sofram um processo denominado apoptose, isto é, a morte programada de uma célula em razão de esta estar lesionada. Tal fenômeno ocorre diariamente em nosso organismo e é essencial para protegê-lo de possíveis mutações malignas que poderiam vir a desenvolver neoplasias. Alguns estudos ressaltam, ainda, que a curcumina tem habilidade para atuar como quimioprotetor na formação de metástases, sobretudo, em tumores de mama.

Em trabalho de Collino (2014), a autora ressaltou as inúmeras propriedades da curcumina na prevenção e no tratamento de tumores. A curcumina tem ação citotóxica, ou seja, tóxica para as células dependendo da concentração em que é utilizada e do tipo de célula maligna presente no meio. Tem-se visto que o bioativo apresenta capacidade para inibir o desenvolvimento e progressão do câncer não somente via apoptose, mas também por meio de outros mecanismos durante o processo tumorigênico. Ainda nesse contexto, a autora aponta para o potencial do fitoquímico em destruir células tumorais resistentes à quimioterapia, enfatizando seu uso isolado ou em conjunto no tratamento contra o câncer.

Além da curcumina apresentar benefícios ao organismo, sua administração é considerada segura e com baixo risco de toxicidade aos seres humanos. No entanto, quando ingerido, este bioativo é mal-absorvido, rapidamente metabolizado e eliminado pelo organismo, limitando, assim, sua eficácia. Nesse sentido, uma estratégia para potencializar a absorção é consumi-la juntamente com outros ativos, como a piperina, presente em variedades de pimenta-preta.

Com a capacidade de regular simultaneamente diversas vias metabólicas afetando, consequentemente, inúmeras moléculas no corpo, a curcumina tem potencial nutracêutico tanto no tratamento quanto na prevenção de doenças complexas, como o câncer; e consumi-la regularmente pode agregar densidade nutricional na dieta e contribuir para a saúde geral do organismo. CLIQUE AQUI e conheça a Cúrcuma Longa em Pó da Naiak, além de todos os benefícios da Cúrcuma Hot Mix ACESSANDO AQUI!

 

REFERÊNCIAS

COLLINO, L. Curcumina: de especiaria à nutracêutico. 2014. 87 fls. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Farmácia-Bioquímica) – Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Araraquara – Universidade Estadual Paulista, São Paulo, 2014.

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Os benefícios da suplementação com DHA durante a gestação

A gestação compreende um período de muita vulnerabilidade para a mãe ‒ por conta das grandes transformações em seu corpo ‒ e para o feto ‒ em razão do seu crescimento e desenvolvimento. A demanda de macro e micronutrientes acaba se tornando mais alta a fim de atender às necessidades dessa fase.

O estado nutricional materno está diretamente relacionado com o bem-estar do bebê. Com a diminuição das reservas nutricionais, deficits neurocognitivos, malformações congênitas, prematuridade e ganho de peso e/ou comprimento insuficientes podem ocorrer devido à desnutrição energético-proteica e à deficiência de micronutrientes importantes, como ferro, vitamina A, vitamina B12 e folato. Portanto, a suplementação com micronutrientes, principalmente ferro e ácido fólico, é essencial no período gestacional.

Além disso, os ácidos eicosapentaenoico (EPA) e docosahexaenoico (DHA) também podem fazer parte da suplementação alimentar para a saúde materna e fetal. Segundo a Associação Brasileira de Nutrologia (2014), o consumo de DHA na forma de óleo de peixe é essencial para a formação de todas as membranas celulares do sistema nervoso central. Pode, ainda, contribuir para evitar gestações de alto risco, aumentar o peso do recém-nascido, equilibrar o comprimento e a circunferência encefálica e auxiliar na melhora da imunidade e na resposta do sistema nervoso autônomo. Postula-se que a recomendação do consumo adequada para o alcance desses benefícios seja de 200mg/dia de DHA, desde o início da gravidez. Alguns alimentos, como peixes e sementes, podem fornecer em média 100 a 250mg/dia de ômega-3, cerca de 50 a 100mg de DHA. Entretanto, visto que essa porção não é suficiente para atender à necessidade, torna-se necessária uma complementação com suplementos de qualidade.

Em estudo realizado por Gustafson e colaboradores (2013), a suplementação de gestantes com 600mg/dia de DHA, em torno de quatro semanas de gestação, resultou em recém-nascidos com um sistema nervoso mais flexível e responsivo, conferindo uma vantagem adaptativa ao feto. Além disso, o estudo concluiu que a ingestão materna de DHA modula o comportamento neural do recém-nascido, influenciando diretamente na saúde e no desenvolvimento.

Desse modo, conclui-se que o uso de suplementos nutricionais na gravidez, aliado a uma alimentação balanceada, apresenta benefícios comprovados pela ciência, desde que seja acompanhado por profissionais capacitados para tais indicações.

 

Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NUTROLOGIA. XVIII Congresso Brasileiro de Nutrologia. 2014. Disponível em: <http://abran.org.br/wp/wp-content/uploads/2014/10/2014-Consenso-DHA.pdf>. Acesso em: 29 maio 2018.

GUSTAFSON, K. M. et al. Effects of docosahexaenoic acid supplementation during pregnancy on fetal heart rate and variability: a randomized clinical trial.

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ZHANG, Z. et al. Dietary Intakes of EPA and DHA Omega-3 Fatty Acids among US Childbearing-Age and Pregnant Women: An Analysis of NHANES 2001–2014. 2017. Disponível em:<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5946201/>. Acesso em: 29 maio 2018.

Nutracêuticos voltados à nutrição estética, tendência para o aumento da vitalidade e longevidade

Em razão de a estética estar interligada com a saúde e o bem-estar do indivíduo, a alimentação é um fator essencial para manter o equilíbrio, tendo em vista que, para conseguir um tratamento satisfatório em procedimentos estéticos, o paciente deve adequar sua rotina alimentar. Pesquisas de mercado relatam o aumento da demanda dos consumidores por produtos que potencializam a nutrição e estética como um todo. Em função disso, a busca por nutracêuticos vem destacando-se nos últimos anos e despertando cada vez mais o interesse pelo tema.

O colágeno hidrolisado é caracterizado como o principal tipo de fibra extracelular e a proteína mais abundante no organismo, representando de 25% a 30% de todo o conteúdo proteico corporal. É reconhecido como nutracêutico, onde a combinação dos aminoácidos estimula a síntese dessa proteína nas cartilagens e na matriz extracelular de outros tecidos, como da pele, dos músculos e ossos. Assim, atua na manutenção da saúde da pele, dos cabelos e das unhas.

Diversos estudos demonstram a relevância do colágeno na reconstituição da pele, dos ossos e dos tecidos cartilaginosos, por agir no aumento da síntese de matriz extracelular. Um estudo clínico duplo-cego avaliou a ingestão diária regular de 2,5g e 5g de colágeno hidrolisado, em mulheres de 35 a 55 anos de idade, por um período de 4 a 8 semanas. Os resultados mostraram melhora estatisticamente significativa na elasticidade da pele com as duas dosagens testadas. Outros estudos associam o uso de doses diárias de 10g de colágeno hidrolisado à redução de dores articulares e à melhora da mobilização de pacientes com osteoartrite e osteoporose. O Colágeno em pó oferece uma formulação sem sabor, com 9g de colágeno por porção. O produto permite uso em diversas aplicações, desde bebidas a receitas culinárias, podendo ser consumido quente ou frio. Possui perfil sensorial excelente e é enriquecido com vitamina C, vitamina D3, selênio e zinco quelatos (todos em 100% da IDR) para potencializar a síntese natural do colágeno pelo organismo e contribuir para a saúde de forma geral.

Os peptídeos bioativos de colágeno Verisol® têm-se destacado por sua ação específica na melhora da estética e na prevenção e tratamento do envelhecimento cutâneo. Um estudo duplo-cego e controlado com placebo avaliou a efetividade do peptídeo de colágeno bioativo específico (BCP) com tecnologia VERISOL® sobre a formação de rugas oculares e estimulação da biossíntese de procolágeno I, elastina e fibrilação na pele. A amostra foi composta por 114 mulheres, com idade entre 45 e 65 anos, randomizadas para receber 2,5g de BCP ou placebo, uma vez por dia, durante 8 semanas, sendo 57 indivíduos atribuídos a cada grupo de tratamento. As expressões faciais da pele foram medidas objetivamente em todos os indivíduos, antes de iniciar o tratamento, após 4 e 8 semanas. Um subgrupo foi estabelecido para biópsias no início do tratamento e após 8 semanas de ingestão. A ingestão do BCP utilizado neste estudo promoveu uma redução estatisticamente significativa do volume do enrugamento ocular em comparação ao grupo placebo após 4 e 8 semanas (20%) de ingestão. Foi observado, também, um efeito positivo de longa duração 4 semanas após a última administração do suplemento. Além disso, após 8 semanas, detectou-se um conteúdo significativamente maior de procolágeno I (65%) e elastina (18%) nos voluntários tratados com BCP. Em conclusão, os resultados do estudo demonstram que a ingestão oral de peptídeos de colágeno bioativos (Verisol®) reduziu as rugas da pele e teve efeitos positivos na síntese da matriz dérmica.

A combinação de vitaminas e minerais quelatos em ambos os colágenos otimizam seu resultado por contribuir com ações antioxidantes, formação proteica, equilíbrio hormonal e reconstrução celular da pele, dos cabelos e das unhas. V8M2C Hair, Nails & Skin à base de colágeno hidrolisado Verisol® com mix de vitaminas do complexo B, vitamina C e minerais destinados aos cuidados efetivos dos cabelos, das unhas e da pele. Essa formulação inovadora e desenvolvida especialmente para a saúde dos cabelos e das unhas garante o aporte necessário dos principais componentes proteicos responsáveis pela formação de novos fribroblastos, prolina, hidroxiprolina e glicina.

Desse modo, conclui-se que o uso de nutracêuticos na estética aliado a uma alimentação balanceada, apresenta de fato benefícios comprovados pela ciência.

Referências

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LIRA, Carlos Rogério Genari et al. Nutracêuticos: aspectos sobre segurança, controle de qualidade e legislação. Revista Brasileira de Farmácia, Rio de Janeiro, v. 1, n. 90, p.45-49, 05 mar. 2009.

HEXSEL, D. et al. Oral supplementation with specific bioactive collagen peptides improves nail growth and reduces symptoms of brittle nails. J Cosmetic Dermatol., v. 16, n. 4, p. 520-526, dec. 2017.

PROKSCH, E. et al. Oral intake of specific bioactive collagen peptides reduces skin wrinkles and increases dermal matrix synthesis. Skin Pharmacol Physiol., v. 27, n. 3, p. 113-9, dec. 2014.

Três cuidados estéticos e clínicos para a saúde da mulher

O ciclo de vida feminino é caracterizado por diversas mudanças e requer atenção especial em alguns aspectos para manter a saúde. Isso porque as mulheres atravessam períodos complexos e delicados como a gravidez e a menopausa, e, portanto, os cuidados devem ser redobrados em todas essas fases, sendo a nutrição adequada essencial:

Melhora da estética corporal

Os compostos antioxidantes, com destaque aos polifenóis, betacaroteno, vitaminas A, C e E, zinco, selênio, entre outros, são indispensáveis para a estética em geral. A vitamina C, por exemplo, atua na síntese de colágeno para melhorar a saúde da pele, fortalece o sistema imune, reduz o estresse oxidativo e atua na síntese de gordura. Pode agir em sinergia com as vitaminas A e E e o selênio, potencializando a ação antioxidante corporal. Muitos suplementos na nutrição estética que forneçam esses nutrientes podem ser utilizados no dia a dia, em busca desses resultados.

Redução dos sintomas da menopausa

A menopausa, também conhecida como climatério, é dividida em fases caracterizadas por alterações hormonais e físicas que merecem estratégias nutricionais especializadas. Uma é a fase pós-menopausa, em que as mulheres estão em idade compatível com a menopausa natural, com amenorreia há mais de um ano; e outra é a pré-menopausa, que corresponde ao período em que mulheres, com mais de 40 anos, apresentam sangramento irregular. As alterações hormonais podem comprometer a saúde do tecido ósseo, propiciar a redução da libido e aumentar o risco de doenças cardiovasculares. Pesquisas mostram que a suplementação com óleo de prímula, extraído, por prensagem a frio, das sementes de Oenothera biennis, apresenta grandes propriedades terapêuticas no controle dos sintomas da menopausa devido à sua composição de ácidos graxos essenciais, principalmente o ômega-6 (ácido gama-linolênico). O óleo de borragem também é capaz de contribuir para minimizar os sintomas nesse período.

Prevenção do envelhecimento precoce

O envelhecimento celular que desencadeia alterações na pele é um incômodo comum entre as mulheres. A partir dos 30 anos, o corpo tende a produzir menos colágeno, impedindo que os fibroblastos recebam informações mecânicas, o que provoca um desequilíbrio entre a produção de colágeno e a ação de enzimas que o degradam. Esse fator resulta em uma pele com aspecto envelhecido, unhas e cabelos frágeis e quebradiços. A suplementação com colágeno hidrolisado contribui para o aumento da elasticidade, firmeza e hidratação da pele, dos cabelos e das unhas, retardando todo o processo de envelhecimento.

REFERÊNCIAS

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PUJOL, A. P. Nutrição Aplicada a Estética. Rio de Janeiro: Rubio, 2011.

O eficiente efeito antioxidante do óleo de pequi na saúde do atleta e esportista

Diversas pesquisas têm relatado o crescente aumento de pessoas que buscam ter mais qualidade de vida. Um dos fatores relacionados é a prática de exercício físico, e, nesse sentido, segundo a pesquisa Vigitel 2013 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônica), o percentual de pessoas que praticam atividades físicas durante o tempo livre passou de 30,3% para 33,8% em cinco anos.

 O treinamento físico induz adaptações benéficas ao organismo, mas exercícios extenuantes ou com frequência de treinamento muito elevada aumentam a geração de espécies reativas de oxigênio (ERO), assim, resultando em danos oxidativos no DNA e nos tecidos. Dessa forma, o consumo diário de antioxidantes é de extrema relevância para atletas e esportistas porque essas substâncias atuam contra os danos oxidativos causados por ERO, que, quando aumentados, estão relacionados à indução de câncer, aterosclerose e outras doenças degenerativas.

Evidências científicas apontam a eficácia do óleo de pequi como complemento na alimentação de atletas por sua alta densidade nutritiva. O pequi – Caryocar brasiliense Camb – é um fruto oleaginoso típico do cerrado brasileiro que apresenta alto valor nutricional por ser rico em compostos que desempenham um importante papel na saúde, como antioxidantes, ácidos graxos, vitaminas e minerais. Dentre esses, destacam-se o elevado teor de lipídios, compostos fenólicos e carotenoides totais.

O óleo de pequi é um produto natural obtido a partir da polpa do pequi, por um processo de extração a frio seguido de ultrafiltração, que permite manter suas propriedades nutricionais. Seus carotenoides antioxidantes atuam em equilíbrio e podem auxiliar na prevenção de lesões oxidativas em atletas que sobrecarregam a capacidade dos sistemas antioxidantes endógenos devido à frequência de treinamento elevada e exercício intenso praticado.

Um estudo avaliou os efeitos antioxidantes do óleo de pequi contra os danos oxidativos induzidos pelo exercício em 76 homens e 49 mulheres atletas corredores de rua voluntários. Foi realizada coleta de sangue, antes e após a corrida, ao ar livre, em terreno plano, e, nesse período, foi oferecido 400mg de óleo de pequi em cápsulas por 14 dias. Ainda, foram investigados os polimorfismos dos genes Mn – SOD – (Val9Ala), CAT (21A-T), GPX1 (Pro198Leu) e Hp para garantir a não interferência no resultado. Dos resultados do estudo, foi demonstrada a redução significativa da anisocitose, o que revela o eficiente efeito protetor do óleo de pequi em reduzir a inflamação provocada pelo exercício agudo.

Assim, concluiu-se, por meio de evidências, que o consumo do óleo de pequi é uma alternativa eficiente para manutenção da homeostase do corpo contra os desequilíbrios fisiológicos causados pelo intenso esforço físico.

 

REFERÊNCIAS

 CARDOSO, L. M. et al. Características químicas e compostos bioativos de pequi frutas cozidas ( Caryocar brasiliense Camb.) Da Savana Brasileira. Frutas. v. 68, n. 1, p. 3-14, 2013.

LIMA, A. et al. Composição química e compostos bioativos presentes na polpa e na amêndoa do pequi (Caryocar brasiliense, Camb.). Rev. Bras. Frutic., Jaboticabal, v. 29, n. 3, p. 695-698, 2007.

GRISOLIA, C. Propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e fitoterápicas do óleo e do extrato da polpa do pequi (Caryocar brasiliense). Revista Brasileira de Nutrição Funcional, Ano 17. Edição 69.

VILELA. A. L. M. Avaliação dos efeitos antigenotóxicos, antioxidantes e farmacológicos de extratos da polpa do fruto do pequi (Caryocar brasiliense CAMB). 2009. Dissertação (Pós-graduação em Biologia) – Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Brasília, Brasília.

STULTS-KOLHMAINEN, M.; SINHA, R. The effects of stress on physical activity and exercise. Sports Med., v. 44, n. 1, p. 81-121, Jan. 2014.

BRASIL. Ministério da Saúde. Vigilância de Fatores de Risco E Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico – VIGITEL. Disponível em: <https://biavati.files.wordpress.com/2014/05/vigitel-2013.pdf>. Acesso em: 19 fev. 2018.

Estratégias Nutricionais para Aumento de Energia e Controle do Peso

O estilo de vida da população tem gerado uma significativa transição nutricional, caracterizada pelo aumento da obesidade e do sobrepeso, fortemente associados à redução da prática de exercícios físicos. Os excessos alimentares, principalmente em épocas específicas do ano, como Carnaval, Páscoa, Natal e Ano-Novo, contribuem ainda mais para o ganho de peso. Mesmo diante de diversos fatores etiológicos relacionados ao aumento da gordura corporal, sabe-se que o principal fator desencadeante é o resultado do desequilíbrio entre ingestão alimentar e gasto energético, tendo grande relação com o metabolismo corporal.

Nesse cenário, diversas estratégias podem ser promovidas para modular as funções e os mecanismos teciduais relacionados ao processo de termogênese, atuando diretamente no tecido adiposo marrom, que é considerado parte fundamental para a regulação do balanço energético e diretamente envolvido na produção de calor.

Para isso, além de uma alimentação equilibrada, o uso de suplementos específicos é um importante recurso ergogênico para potencializar os efeitos terapêuticos no controle do peso. Uma das substâncias mais utilizadas, atualmente, para potencializar a promoção de energia, em busca de estimular a prática de exercícios físicos, é a cafeína, que pode ser fornecida pelo consumo de guaraná em cápsulas ou pó. O Brasil é o único país a produzir guaraná em escala comercial. A semente de guaraná contém até 6% de cafeína, apresentando teores mais elevados do que o cacau e café. A cafeína é a principal substância pertencente ao grupo dos estimulantes do sistema nervoso central, com efeitos sobre o organismo para aumentar o estado de alerta e ativar o metabolismo de energia. Estudos demonstram que o guaraná também tem efeitos positivos sobre o metabolismo lipídico e no gasto de energia basal, contribuindo para a manutenção do peso.

Outro suplemento que garante energia de forma eficiente é a D-Ribose, que apresenta efeito no aumento da quantidade de compostos energéticos, auxiliando na ressíntese de ATP em menor espaço de tempo. Essa pentose é essencial na síntese de diversas estruturas do organismo humano, bem como extremamente necessária para a integridade e função celular. Seu uso como recurso ergogênico é fundamental para otimizar o gasto energético e contribuir para eliminar os quilos extras.

 

REFERÊNCIAS

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MASHHADI, N. S. et al. Anti-Oxidative and Anti-Inflammatory Effects of Ginger in Health and Physical Activity: Review of Current Evidence. International Journal of Preventive Medicine, v. 4, suppl., 1, p. S36–S42, 2013.

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Saúde do idoso com a nutrição personalizada.

A expectativa de vida no Brasil aumenta a cada ano de forma exponencial. Para ambos os sexos, a estimativa, que era menos de 50 anos em 1950, passou para 74,8 anos em 2013. Já em 2016, a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que homens chegavam a completar 71,9 anos e mulheres, 79,4 anos. Com esse cenário, é observado um crescimento significativo no desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis que comprometem a qualidade de vida desses idosos. A dieta e atividade física são fatores moduladores da saúde, sendo necessário destacar que diversos mecanismos biológicos são alterados pelo envelhecimento em si.

O hábito alimentar do idoso não é determinado somente por preferências ou mudanças fisiológicas, mas, também, por condições psicossociais. O processo normal do envelhecimento promove alguns comprometimentos nutricionais que podem interferir no funcionamento do organismo. Assim, uma alimentação planejada e equilibrada é fundamental, mas, muitas vezes, insuficiente para atender a todas as demandas funcionais desse público. Por isso, a suplementação de determinados nutrientes é de suma importância para equilibrar essas alterações.

O primeiro nutriente que merece destaque é a vitamina D. A ingestão inadequada dessa vitamina pode aumentar a perda óssea e potencializar o risco de osteoporose, classificada como uma epidemia silenciosa entre os idosos. Sua função no organismo se dá pelos efeitos no metabolismo do osso, em que ocorre o aumento dos níveis plasmáticos de cálcio e fósforo, essenciais para a mineralização e regulação da atividade dos osteoblastos e osteoclastos, bem como para uma direta participação na síntese da massa óssea e prevenção da osteoporose. Além disso, pesquisas apontam ampla distribuição desses efeitos em tecidos não esqueléticos, assim, aumentando o interesse nessa vitamina como modalidade terapêutica para a prevenção e o tratamento coadjuvante de doenças crônicas. A suplementação de vitamina D, em conjunto com a prática de exercício físico, promove redução significativa dos marcadores de inflamação, capazes de modular a função imunológica e inibir a ação de componentes presentes na cascata inflamatória, tais como as células apresentadoras de antígenos, IFN-gama, TNF-alfa e NF kappa B.

Sinergicamente, a vitamina K, em forma K2, é extremamente essencial para a fixação de cálcio nos ossos e, consequentemente, prevenir a osteoporose, sendo uma vitamina considerada ativadora da proteína osteocalcina, necessária para a absorção de cálcio na matriz óssea.

Por fim, destaca-se o ômega-3 como principal modulador anti-inflamatório na prevenção e no tratamento de doenças crônicas que comumente acometem os idosos. Uma revisão bibliográfica mostrou que, de um total de dezessete artigos pesquisados, dez indicaram que o uso de ômega-3, em concentrações adequadas de EPA e DHA, é importante para a melhoria de doenças relacionadas ao processo de envelhecimento, como ansiedade, depressão, dor crônica e alguns tipos de câncer, além de diminuição significativa do colesterol total, LDL, triglicérides e risco para doenças cardiovasculares.

 

REFERÊNCIAS

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Alta densidade nutritiva e benefícios comprovados do óleo de pequi

A busca pela qualidade de vida e a saúde em geral tem grande influência dos hábitos alimentares e do estilo de vida. A prática regular de exercícios e o uso de nutracêuticos são fatores complementares que, também, merecem atenção. Os óleos essenciais, em particular, estão cada vez mais presentes no mundo da suplementação devido à sua importância nutricional. Dentre eles, destaca-se o óleo de pequi.

O pequi, derivado da Caryocar brasiliense Camb., é um fruto oleaginoso típico do cerrado brasileiro e possui alta densidade nutritiva, com compostos importantes para a saúde, como antioxidantes, ácidos graxos, vitaminas e minerais. Os teores elevados de lipídios, bem como de compostos fenólicos e carotenoides totais, são superiores aos constatados em diversas frutas brasileiras.

Aproximadamente, 55% do óleo de pequi são compostos por ômega-9, um lipídeo que apresenta potentes efeitos positivos ao organismo, tais como a melhora da absorção de nutrientes da dieta, inibição do acúmulo de tecido adiposo abdominal, regulação dos níveis de colesterol e triglicérides e o auxílio no fortalecimento de articulações.

Além do conteúdo lipídico, o óleo fornece carotenoides antioxidantes com grandes benefícios ao corpo, podendo prevenir lesões oxidativas em atletas que apresentam treinamento exaustivo, reduzir o estresse oxidativo associado ao desenvolvimento de doenças crônicas e auxiliar na longevidade celular, desse modo promovendo bons efeitos na saúde da pele.

Diante da composição nutricional do óleo de pequi, ressalta-se que o principal benefício de sua suplementação diária é a ação antioxidante, que é capaz de auxiliar na redução do estresse oxidativo e dos danos provocados pelos radicais livres, assim, contribuindo para o aumento do sistema antioxidante e a prevenção de doenças crônicas.

 

REFERÊNCIAS

 

BRASIL. Ministério da Saúde. Vigilância de Fatores de Risco E Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico – VIGITEL. Disponível em: < https://biavati.files.wordpress.com/2014/05/vigitel-2013.pdf>. Acesso em: 26 maio 2017.

 

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